Paulo Furtado promete rock'n'roll puro e duro numa noite de "reis" em Vilar de Mouros


 Na sexta-feira, segundo dia do festival, o público encheu o recinto na mítica aldeia de Caminha.

Iggy Pop, Bauhaus, The Legendary Tigerman, Blind Zero e The Mirandas. A noite deste sábado promete muito rock'n'roll na despedida da edição de regresso do festival de Vilar de Mouros, após pandemia.

Esta sexta-feira, segundo dia, o público encheu recinto na mítica aldeia de Caminha, e foi feliz ao som das canções efusivas dos Simple Minds. Um concerto que rematou com o eterno êxito 'Alive and Kicking' e que deixou no ar uma energia contagiante de festa e que se transmitiu aos portugueses Tara Perdida. Ao início da noite, tocaram os caminhenses Non Talkers, a que se seguiram sons mais duros dos Clowfinger e Black Rebel Motorcycle Club.

Cerca de 20 mil festivaleiros deram um pontapé nas tristezas da pandemia, entre eles Paulo Furtado, que foi de véspera viver o festival, antes de se voltar a apresentar no palco de Vilar de Mouros, esta noite, com o projeto The Legendary Tigerman. Um local que demonstra, segundo Furtado, que o rock'n'roll continua bem vivo.

"Estamos quase sempre repetidamente, todos os anos ou todas as décadas, a falar da morte do rock e acho isso um bocadinho bizarro, porque depois vemos um festival como este onde provavelmente vão estar, este sábado, 30 mil pessoas a vibrar com um cartaz que é profundamente rock", disse à TSF, comentando que o público em Vilar de Mouros "não são só pessoas dos 30 anos para cima, são também muitos jovens e isso é fixe, dá-me imensa esperança no futuro e deixa-me bastante feliz".

Mais logo (22h00), The Legendary Tigerman, nome que cruza a admiração de Paulo Furtado pelo artista Legendary Stardust Cowboy e pela canção Tiger Man de Rufus Thomas, resgatará o rock mais duro que deixou meio adormecido nos últimos dois anos. "Com a pandemia fui tirando algumas canções mais rock'n'roll e mais agressivas do set e este ano é o primeiro em que voltamos a tocar quase um concerto normal de rock. Antes com máscaras, distância e pessoas sentadas, não me pareceu que fosse o que eu estava a precisar de fazer, nem o que as pessoas estavam a precisar de ouvir", referiu.

Francisco Pinto, um sexagenário tatuado e de longo cabelo encaracolado, e que diz viver em Matosinhos "junto a um monumento, que é a fábrica da cerveja", era dos que ontem buscavam reencontrar o rock no cenário junto ao rio Coura. "Estive aqui em 1982, quando U2 passou aqui e parecia uma banda vulgar. Estive aqui, meu. Tinha 17 ou 18 anos", contou molhando a garganta continuamente com cerveja que tanto aprecia ter como vizinha.

A organização espera para este sábado a maior enchente dos três dias de festival, muito por causa dos "reis" que estão em cartaz. Iggy Pop, chegará fresco vindo da Galiza, onde deu um concerto em Vigo há uma semana e mergulhou nas águas das Rías Baixas (esta sexta-feira publicou foto no Instagram na Praia de Lagos). Há quem como Vitor Carvalho, esteja em Vilar de Mouros com interesse num único concerto. "Vim de Lisboa, sou de Salvador da Baía, e só gosto de Iggy Pop. Os outros só estou aqui para conhecer", disse.

O "rei" Iggy assumirá o trono em Vilar de Mouros a partir das 23h30. Na linha de sucessão está (às 1h15) o não menos aclamado Peter Murphy com os Bauhaus.

TSF Rádio Noticias

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