Federação de natação anuncia Diogo Ribeiro a caminho de Paris com três medalhas no bolso

 


O nadador português de 17 anos já tem as marcas necessárias para estar em Paris 2024. Depois das medalhas e do recorde nos mundiais de juniores, é tempo de descansar.

O presidente da Federação Portuguesa de Natação (FPN) não esconde o entusiasmo com os resultados de Diogo Ribeiro nos mundiais de juniores em natação, e explica que o atleta tem no horizonte a participação olímpica, a primeira da carreira, em Paris 2024.


"O Diogo já tem os mínimos para Paris", explica António Silva à TSF. "A esta distância, podemos dizer que seria muito pouco provável que o Diogo não esteja em Paris 2024. Contamos que ele esteja nos Jogos Olímpicos, mas não apenas para participar. Como todos os outros atletas, queremos que esteja em Paris para se galvanizar, para se exceder", aponta o responsável pela federação.

O trabalho da natação portuguesa sai reforçado dos mundiais de juniores de 2022. "As sensações que retiramos desta participação (nos mundiais de juniores de Lima, Peru) são muito positivas, não só pelos resultados do Diogo [Ribeiro]. Claro que as três medalhas de ouro e o recorde mundial são a cereja no topo do bolo, (...) mas os resultados não surgem por acaso", aponta. "A natação portuguesa está de parabéns. Isto só acontece num país de parcos e escassos recursos para o desporto, quando há convergência".

As próximas braçadas devem ser bem medidas

"O Diogo tem 17 anos. Depois desta catarse emocional que teve com os resultados no mundial de juniores, ele vai ter um período de descanso. Quando todos regressarem desse período, vamos sentar-nos, planear a época, para permitir preparar, de uma forma cautelosa, para que nos grandes palcos internacionais, campeonatos europeus, mundiais e Jogos Olímpicos, se possa apresentar em plena forma, nas suas competências físicas, intelectuais e emocionais", explica António Silva sobre o futuro imediato de Diogo Ribeiro.

Mas não há dúvidas sobre a qualidade do atleta. "Estamos na presença de um grande talento, mas para se manifestar esse talento é necessário que existam as condições necessárias, organizativas, estruturais, de enquadramento técnico, científicas e tecnológicas", garante o responsável da federação. "Foi o que tentamos fazer ao criar o centro de treino de alto rendimento no Jamor, com uma equipa técnica de referência, que já treinou campeões do mundo, recordistas mundiais e campeões olímpicos".

Uma ajuda para os atletas que se preparam com o apoio da federação. "Tem o enquadramento científico de apoio com a universidade de Coimbra e com o departamento de biomecânica da Universidade do Porto", explica o responsável da federação, atualmente também presidente da Liga Europeia de Natação.

Em Rio Maior, a federação encontrou um local para o desenvolvimento de atletas com potencial, trabalho que tem sequência nos centros de treino nacionais no Jamor e em Coimbra - atualmente com três atletas, Gabriel Lopes, Camila Rebelo e Diogo Cancela.

"O Diogo não chegou a passar por Rio Maior. O potencial era tão elevado que decidimos colocá-lo de imediato no centro de referência nacional. O nosso plano para o alto rendimento no desenvolvimento dos atletas é assumido pela Federação Portuguesa de Natação", explica António Silva. "O desporto nacional só é o que é, fruto do trabalho muito grande dos atletas, clubes, associações e da federação, e que reclama por parte de outras autoridades um esforço que não se verifica".

Diogo Ribeiro tem apenas 17 anos e já está na história da natação mundial. Diogo Ribeiro conquistou três medalhas de ouro no Campeonato do Mundo de Natação em juniores, em Lima, no Peru, e conseguiu bater o recorde mundial nos 50 metros mariposa.

TSF Rádio Noticias

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